PRIMA VERA
Quando ela chega fica tudo maluco. Antigamente metia-se tudo em casa, ou nas ervas que nasciam.
Agora atiram-se à estrada. O mais depressa que forem capazes. Matam-se para mostrar que estão vivos. É fomidável.
Não sei bem o que aconteceu no resto do país, mas à volta de Lisboa meteu tudo baixa urbana, isto é, fugiram dos prédios como o diabo da cruz.
Eu também lá fui. Filas gigantescas de trânsito tentavam passar a ponte. Chegar à Caparica ou ao Meco que não sendo longe, ainda são praias.
Os mais ousados (tantos, por Toutatis!, tantos!) tentaram atravessar de Ferry para Tróia. E não foi difícil: com hora e meia de espera, se tanto, lá parados. Os barcos surpreendidos com a afluência queixavam-se de ser pequeninos e do senhor administrator (a banhos longe dali) não ter dado ordem para que a coisa se processasse como deveria. Mas que culpa tem o senhor administrador da empresa dos barcos se não percebe nada de fluxo marítimo. Não o deveriam ter tirado do tacho anterior onde ele era muito mais feliz e até chegava mais depressa. É que até Setúbal ainda é um cadinho de autoestrada...
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